Desde as eleições europeias que o Partido Comunista Português desapareceu dos holofotes das TV’s, Rádios e Jornais nacionais. Após o excelente resultado alcançado nas eleições europeias, aumento de votos, percentagem e mandatos, e na sequência do sucesso eleitoral das últimas autárquicas, as campainhas de alarme tocaram nas sedes dos donos da comunicação social.
O PCP tinha que ser silenciado.
António de Oliveira Salazar, na inauguração do Secretariado Nacional da Informação: “Politicamente, só existe aquilo que o público sabe que existe.”
Os donos das TV’s , Rádios e Jornais, detentores do capital no País, deram as instruções devidas para as respectivas redacções e estas, autênticas vozes dos donos, quais cãezinhos obedientes, estão a cumprir religiosamente o papel que lhes foi atribuído. O PCP não existe! Ponto final!
Salazar tentou fazer o mesmo. Os filhos ideológicos da sinistra figura de Santa Comba, vão pelo mesmo diapasão.
A festa do “Avante!” foi praticamente silenciada e resumiu-se a alguns segundos do discurso de encerramento.
A cerimónia da apresentação do terreno da Quinta do Cabo, na qual participou o Secretário –geral do PCP e que significou o início da campanha de fundos para a compra do referido terreno, não existiu para as tv’s, rádios e jornais. Silêncio total.
Daí para cá, tem sido um silêncio de chumbo sobre as diferentes iniciativas do PCP, a saber:
– “ A força do povo, por um Portugal com futuro – uma política patriótica e de esquerda”, com diversas acções pelo País fora, sempre com a presença de Jerónimo de Sousa, não existiu para os escribas de serviço.
– A VIII Assembleia da Organização Regional do Algarve, não existiu para os calhordas que dominam as redacções.
– O debate no qual participaram Pezarat Correia, João Ferreira do Amaral, para além de alguns dirigentes do PCP, Jeónimo de Sousa incluído, também não foi alvo de notícia nos mui democráticos e pluralistas orgãos de comunicação social portugueses.
– Sobre a XI Assembleia da Organização Regional do Porto, que contou com a presença de Jerónimo de Sousa, silêncio total.
– Sessão evocativa do 100º aniversário do nascimento de Sérgio Vilarigues, totalmente silenciada, não existiu para os serventuários das tv’s, rádios e jornais da nossa praça.
– Propostas de alteração ao Orçamento de Estado apresentadas pelo PCP, totalmente silenciadas, pois claro. Então não é preciso passar a mensagem que os comunistas só protestam e nunca apresentam alternativas?
Porém, somos bombardeados até ao vómito com a detenção de um primeiro ministro de má memória para os trabalhadores portugueses, nomeadamente os do estado, e para os reformados e pensionistas, todos esbulhados dos seus direitos e salários em nome de políticas de rapina, durante o reinado desse senhor, e que continuam agora com o herdeiro de Salazar.
O cortejo a Évora é um nojo.
Somos bombardeados pelos canalhas da comunicação social dominante, sobre quedas de muros, enquanto outros muros bem mais actuais, continuam a ser erguidos e ampliados, Palestina, fronteira do México com os Estados Unidos, etc.; mas sobre esses, o silêncio cúmplice das vozes dos donos impera como lei.
Somos bombardeados até à nausea com as afirmações inócuas de Passos, Portas e António Costa, essa nova coqueluche da alternância. Não há arroto de Costa que não tenha ressonância nas TV’s e quejandos nacionais.
Até um aniversário de uma figura esguia, tortuosa e cínica, da nossa democracia, foi alvo de grandes parangonas.
O PCP, esse, ao contrário de outras forças políticas, BE incluído, não tem um único comentador residente nos diferentes canais de televisão.
Nos painéis, é totalmente ostracisado, salvo a honrosa excepção das manhãs da Antena 1, em que João Ferreira marca presença às 5ªfeiras. Nos Prós e Contras da autoria daquela excreção de jornalista, raramente marca presença um representante do Partido Comunista e quando está, é-lhe cortada sistematicamente a palavra a meio das suas intervenções.
É um manto de silêncio. Mas desenganem-se os censores de serviço. O PCP existe, está e estará sempre, onde as lutas e o pulsar deste povo assim o exijam.
Foi assim durante a ditadura fascista, será assim durante este período negro e nojento da nossa história. Nojento, como a comunicação social dominante.
PASSAM AGORA 41 ANOS QUE OS MILITARES FASCISTAS APOIADOS PELOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA ASSASSINARAM SALVADOR ALLENDE E MILHARES DE OUTROS PATRIOTAS CHILENOS, PONDO FIM AO GOVERNO DE UNIDADE POPULAR, DEMOCRATICAMENTE ELEITO EM 1970.
PODEMOS VER AQUI ,RAZÕES MAIS DO QUE SUFICIENTES PARA QUE NO PRÓXIMO DOMINGO, DIA 25 DE MAIO, NÃO FIQUEMOS EM CASA E VOTEMOS NA ÚNICA FORÇA POLÍTICA, A CDU, QUE DE FACTO É A ALTERNATIVA A ESTA CORJA.
CONFISSÕES QUE É PRECISO NÃO DEIXAR ESQUECER
«Não vamos voltar aos níveis de salários e pensões de 2011. A normalidade significa que temos medidas temporárias que deverão deixar de existir, mas teremos de manter uma restrição relativamente ao montante que pode ser gasto em salários e pensões, mas não há um compromisso do Governo de voltar a esses níveis.”
Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, 19 de Março 2014